...sinto o mesmo,
pelo que parece contrário,
pois em mim vejo deus,
com angústias e imperfeições.
Reconheço beleza das larvas
e o que grita no eco do tempo
pela minha carne: Eu sou!
"
(...)
...falavam em devoção, amor e humildade. Posso assegurar que me esforcei, mas, durante todo o tempo em que houve um deus em meu mundo, não pude sequer me aproximar de meus objetivos. A humildade não era suficientemente humilde, e o amor era, em todo o caso, muito menor do que o de Cristo ou o dos santos, ou até menor do que o de minha mãe. Quanto à devoção, essa esteve sempre envenenada por dúvidas terríveis. Agora que Deus não está mais presente em minha vida, sinto que tudo isso é meu, sinto devoção perante a vida, humildade perante meu destino sem sentido, e amor para com as outras crianças também amedrontadas, atormentadas, cruéis.
"
Ingmar Bergman,
em Bilder
terça-feira, março 11, 2008
# 023
postado por roneyfreitas às 2:15 PM
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2 comentários:
Um deus com d minúsculo
é mais seu...
Mais sincero e mais possível.
...
(Adorei teu último comentário! Completou e enriqueceu a postagem. Sempre bom dialogar contigo.)
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