hoje o sofá voltou ao lugar, o teto está seco, e eu continuo úmido por dentro. essa água que não escoa é o por que vivo, o porquê sentido, chove sempre que preciso. cada pingo uma flor num balde pra ver tudo com mais cor. a sala úmida ganhou perfume de rosa e manjericão e se rearranja num buquê por um anjo exterminador. é assim que se mostra a saída, o cineasta dizia. mais vivo do que nunca.
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